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Segunda-feira, 02 de Junho de 2025
Alerta para Criadores do Oeste do Paraná: Gripe Aviária H5N1 Exige Atenção e Preparação 39591e

Enquanto o mundo ainda se recupera dos impactos da COVID-19, uma nova ameaça à saúde pública ganha destaque em discussões pela internet: a gripe aviária H5N1.
Recentemente, uma publicação na renomada revista Science trouxe um alerta de um grupo de especialistas entre eles Atíla Lamarino do em preparação para pandemias, destacando a necessidade de vigilância global diante do potencial risco de o vírus se adaptar à transmissão entre humanos.
Para a região Oeste do Paraná, onde a avicultura é uma das principais atividades econômicas, o tema é especialmente relevante. Apesar de não haver registros de transmissão humana no Brasil, o avanço do vírus em criações de aves e até em gado leiteiro nos Estados Unidos preocupa especialistas e produtores rurais.
O Que Sabemos Sobre a Gripe Aviária?
Diferentemente da COVID-19, que surgiu como um vírus desconhecido, o H5N1 já é estudado há décadas. Ele circula naturalmente em aves selvagens migratórias, mas, quando chega a criações comerciais – como as de galinhas –, pode se tornar altamente patogênico, dizimando lotes inteiros.
Nos EUA, o vírus já saltou para mamíferos, incluindo vacas leiteiras, levantando preocupações sobre mutações que facilitem a transmissão entre humanos. "Se isso acontecer, teremos um vírus novo, com potencial para uma pandemia tão ou mais grave que a COVID", explica Atila.
Por Que os EUA São um Caso Preocupante?
• Falta de controle em criações: Grandes empresas avícolas americanas estão sendo acusadas de priorizar lucros (com indenizações por aves mortas) em vez de conter o vírus, levando a escassez de ovos e preços recordes.
• Risco em gado leiteiro: O vírus foi detectado em vacas, e o consumo de leite cru (sem pasteurização) já causou mortes de animais e infecções em trabalhadores rurais.
• Falta de transparência: O governo dos EUA reduziu investimentos em vigilância sanitária, e há relatos de dados sobre a gripe aviária sendo retirados de circulação.
E no Brasil?
Por aqui, a situação ainda está sob controle, mas a proximidade com rotas de aves migratórias exige atenção redobrada. O Instituto Butantan já desenvolve vacinas experimentais contra o H5N1, e o Ministério da Agricultura mantém monitoramento em granjas.
Para os produtores do Oeste do Paraná, as recomendações são:
• Reforçar biossegurança em granjas (contato com aves selvagens deve ser evitado).
• Notificar imediatamente casos de mortes súbitas de aves aos órgãos sanitários.
• Evitar consumo de produtos avícolas ou lácteos sem procedência garantida.
• Controlar a proliferação de moscas principalmente a varejeira.
Precisamos Entrar em Pânico?
Não. Ainda não há transmissão entre humanos, e o Brasil tem experiência no combate a surtos aviários. No entanto, a lição da COVID mostrou que preparação é essencial. "Se o vírus mudar, vacinas podem ser produzidas rapidamente, mas precisamos estar atentos aos sinais", reforça o especialista e sentencia: A hora é de vigilância – não de alarme.
Fique informado: Acompanhe sempre os boletins oficiais do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Saúde do Paraná para atualizações.